Como fazer um currículo para recolocação profissional?

recolocação profissional
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Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desempregados no país atingiu um recorde no primeiro trimestre do ano. 

Até o mês de maio de 2021, haviam 14.805 milhões de brasileiros desempregados, atingindo a máxima de 14,7%. Essa é a maior taxa de toda a série histórica do IBGE desde 2012.

Esses números tão preocupantes e alarmantes podem ser explicados por diversos motivos, mas principalmente pela pandemia em decorrência da disseminação do vírus COVID-19 – que teve início em 2020 e ainda acontece no Brasil.

Com o isolamento social, toque de recolher, fechamento de comércios e outras diversas medidas restritivas de segurança, muitas empresas não aguentaram e precisaram fechar as portas. 

Outras tiveram que encerrar contratos com uma série de funcionários para reduzir a folha de pagamento para que fosse possível continuar funcionando. O fato é que, com um cenário tão grave e incerto, o número de trabalhadores procurando por recolocação profissional cresceu bastante.

Esse é o termo usado pelos profissionais que desejam conseguir novas oportunidades de emprego na mesma área em que atuavam ou que pretendem mudar de segmento, se recolocando no mercado. É um momento delicado, pois além das questões emocionais de estar desempregado, o mercado ainda está  se estabilizando aos poucos. 

Para ajudar profissionais que estão nessa situação, procurando novas oportunidades, vamos abordar técnicas para otimizar o currículo e ter mais chances de conseguir uma recolocação rapidamente. 

Como montar um bom currículo para recolocação profissional?

Muitas pessoas não dão a devida atenção ao currículo. Mais do que um documento com algumas informações, o CV é a porta de entrada dos profissionais para possíveis vagas de emprego. Ou melhor, para as entrevistas e outros testes durante o recrutamento – que levam à contratação. 

O currículo é a primeira impressão que uma empresa tem de seus candidatos. É um documento extremamente importante para causar uma boa impressão nos recrutadores e impressioná-los com seu conhecimento e experiência.

Quando bem estruturado, é a melhor ferramenta para chamar a atenção dos recrutadores. 

Já parou para pensar que eles recebem dezenas de documentos por processos seletivos? Por esse motivo, o seu deve se destacar para ter mais chances de sucesso durante a seleção. 

O bom currículo deve ser completo, mas ao mesmo tempo objetivo, sem enrolação. Os recrutadores precisam de currículos otimizados. 

Também é fundamental que seja bem escrito e, principalmente, sem erros de português. 

No primeiro instante, ele deve exaltar suas competências profissionais desenvolvidas, ou seja, as informações que mais interessam aos contratantes primeiro. 

Ao bater o olho no documento, eles precisam enxergar seu potencial para a vaga. Informações importantes: formação, experiência, conhecimentos, cursos extracurriculares, entre outros.

Um cuidado essencial é que um currículo certeiro precisa ter as informações necessárias e que estão de acordo com a vaga desejada. Se a oportunidade é no ramo de atendimento, por exemplo, é preciso que o documento tenha os dados importantes para esse segmento.

Agora que sabe a importância de um currículo bem elaborado e algumas dicas básicas para estruturá-lo, vamos a algumas sugestões para impressionar recrutadores durante as tentativas de se recolocar no mercado de trabalho. Acompanhe!

Dicas para um bom currículo 

Além dos dados básicos (como idade, cargo desejado, experiências, formação, cursos, entre outros), para impressionar é preciso adicionar alguns itens no currículo e mudar a forma como coloca algumas informações.

A primeira dica é adicionar um breve resumo da sua carreira no início do documento. Neste texto, que deve ser conciso e objetivo, recomenda-se que o profissional se apresente e indique os projetos mais importantes que já liderou ou em que trabalhou.

Prefira aqueles que causaram grandes mudanças às empresas em que trabalhou. Lembre-se: deve ser algo curto, então, coloque as informações mais importantes.

Ao descrever suas experiências ao longo do currículo, siga a mesma dica: objetividade. 

Aqueles que contam com uma carreira longa não conseguirão descrever todas as suas atividades em uma ou duas páginas. Então, o ideal é deixar de lado aquelas demandas corriqueiras – que os recrutadores já esperam que você saiba realizá-las –  e coloque as mais importantes, que te diferenciam dos outros candidatos (que são justamente aquelas que mais fizeram diferença no seu trabalho e para a empresa).

Outra dica é adicionar alguns desafios que já apareceram na sua carreira e você conseguiu superá-los com seu esforço e trabalho.

Cada um tem experiências diferentes e isso poderá diferenciá-lo (a) dos demais candidatos. Coloque também suas habilidades mais impressionantes para o cargo, principalmente aquelas que se destacam e que dificilmente outros profissionais vão ter também.

Caso ainda não tenha tantas para impressionar, aprimore seus conhecimentos com cursos e vá adicionando aos poucos no currículo. Tudo isso com clareza, objetividade e, claro, sem mentir! Vamos para este assunto.

Não minta nunca!

Colocar informações falsas no currículo, como cursos que não realizou, é um grande engano. Isso porque durante processos seletivos, a grande maioria das empresas fazem testes práticos.

Imagine se pedem algo que está no currículo e na verdade você não sabe realizar. Essa atitude pega mal e você pode, até mesmo, ser desclassificado (a) da seleção.

Então, cuidado! Aposte nos seus diferenciais e se não tem determinado conhecimento, aprenda primeiro e depois coloque-o no currículo.