Status e desigualdade social: quais os efeitos tem na saúde

Quais os efeitos do status e da desigualdade social na saúde? O mínimo sinal de status, poder e riqueza pode fazer com que os serviços prestados a população sejam limitados as pessoas mais influentes.

Infelizmente essa influência é advinda de todo um histórico de desigualdade social e preconceituoso que sempre hipervalorizou certas classes sociais, assim como perfis, sexo, raças e culturas.

Até nos dias de hoje podemos perceber o quanto essa seletividade está presente, atrelada a nossas leis e ao capitalismo.

O preço é um dos principais efeitos perceptíveis disso, seja o preço de algum eletrodoméstico, do meio de transporte, de procedimentos estéticos como a lente de contato dental, ou até mesmo relacionado a saúde.

A desigualdade social na saúde, segundo uma pesquisa realizada pela revista médica britânica The Lancet, o risco de pessoas virem ao óbito antes dos 85 anos é 46% maior entre a população mais pobre.

Se mostra então necessário a definição das circunstâncias socioeconômicas como determinantes para a morbilidade e mortalidade mundial, feita por meio das estratégias locais e globais da saúde.

Veja os demais efeitos negativos advindos da desigualdade e da presença e ausência de determinado status:

Status e desigualdade social e as doenças negligenciadas

status e desigualdade social

No setor da saúde, uma das principais consequências da desigualdade social, assim como colocar implante dentário é advinda das denominadas doenças negligenciadas.

Geralmente são causadas por parasitas ou agentes causadores de infecções, possuem uma forte incidência em países em desenvolvimento e são apresentadas como endêmicas em populações mais carentes.

Apesar de terem uma maior concentração no meio da população de baixa renda, elas influenciam no mantimento da desigualdade social, já que retratam uma enorme limitação ao desenvolvimento do país.

As causas ligadas a essa situação estão conectadas aos problemas ao estabelecer medidas políticas de investimento em áreas como a saúde, a educação e pesquisa cientifica.

No Brasil, se tratando de doenças negligenciadas podemos citar a doença de Chagas, a dengue, a hanseníase, malária, tuberculose e leishmaniose.

A ação de combate a essas doenças passa por políticas de governo conexas a cada uma, pelas classes sociais e também pela ação preventiva.

A importância da envoltura da sociedade civil, do estímulo as pesquisas de vertente farmacêutica e as inovações tecnológicas é um fato e de forte impacto nacional.

A meta é a procura por alternativas de diagnóstico e procedimentos mais eficazes, além da ampla disponibilização dos medicamentos.

Preocupação quanto o agravamento da Tuberculose

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10,4 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose no ano de 2015, e mais de um milhão vieram a óbito em implicação da doença.

Esses números evidenciam a preocupação quanto a essa enfermidade, até mesmo no Brasil.

Segundo os dados de boletim epidemiológico publicados pelo Ministério da Saúde em 2015, o coeficiente de mortalidade da tuberculose apresentou uma redução de 15,4% entre o ano de 2006 e o de lançamento dos números.

Mesmo tendo cura e um tratamento eficiente e gratuito, em 2014 foram registrados 4.543 óbitos da doença no ambiente nacional.

Os dados implicam que apenas em 2016, foram identificados e apontados 79.605 casos de tuberculose.

No geral, cerca de 83,9% se tratavam de novas incidências e 16,1% à necessidade de retratamento, considerada uma porcentagem alta.

SUS – Sistema Único de Saúde

Embora tenha sido prometido uma promoção ampla em nível universal e democrática, são perceptíveis as desigualdades até mesmo no Sistema Único de Saúde (SUS).

Apesar da chamada “exclusão formal” ter sido apagada, a injustiça continua em consequência a fatores como a falta de informação, a iniquidade de estudo, ou até mesmo a falta de linearidade política, que compõem as vantagens e o preconceito.

Assim, até mesmo o SUS não se trata de um recurso advindo de uma política pública de “distribuição da equidade”, visando as diversas percepções desse sistema que contém o processo político de saúde, mesmo que ele tenha sido idealizado para a promoção do amplo acesso, igualdade e justiça social.

As normas do Sistema Único de Saúde são vistas como sendo as responsáveis por agruparem a significação de igualdade horizontal, ou seja, o contato, o uso e o tratamento igualitário para necessidades similares.

Contudo, a equidade deve levar em consideração as distinções étnicas, econômicas, sociais e culturais, sendo a tática projetada para alcançar a democracia das opções de serviços e relacionada a aplicação de uma saúde de qualidade.

Portanto, são necessários debates que abordem o amplo acesso aplicado desta equidade necessária para a efetivação do direito a saúde estipulado, sendo referente a promoção da satisfação de cada cidadão com sua própria situação de saúde e das pessoas que a cercam.

É apenas desse modo que o objetivo da capacidade de garantia do necessário a todos, com suas particularidades e necessidades, é alcançado.